segunda-feira, 11 de junho de 2012

10.03.12



Quando te vi naquele instante, a lembrança me corroeu por dentro dilacerando lentamente cada parte do meu corpo, quando te ouvi gargalhar senti meu coração se dilacerando. Como podes estar tão feliz assim? Enquanto eu fico preso neste mar de sofrimento. Foi como se estivesses a assistir a divisão do meu coração e estivesse se divertindo.
É divertido não é? Iludir, enganar e brincar com o coração de alguém e depois assistir a total destruição de tal, mas queres saber de algo? Não permitirei que assistas a isso e saia sem nenhuma preocupação da peça. 
Pois, quando acabares com meu coração, caçarei o teu, farei o mesmo e sentirás o que senti, mas, devolverei logo em seguida por mais que cada músculo, veia e osso do meu corpo clame por vingança, jamais em toda minha existência agiria igual a tu. Pois o que fizestes foi frio, creio que já não tenhas um coração aí dentro para eu torturar. Me deliciarei assistindo sua solidão porque aos poucos as pessoas te deixam. E no final da peça quando as luzes se apagarem eu ainda estarei ali e te estenderei a minha mão para te mostrar que eu tenho um coração, partido e cheio de arranhões, mas que ainda sabe amar.

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